A vida moderna está constantemente submetendo as pessoas a todo o tipo de mudanças; e mudanças impõem adaptações às novas condições, e isto sempre tem um custo em "energia de adaptação". Por menor que seja uma mudança, ela sempre está ligada à tomada de decisões que implicam um respectivo custo em "energia de adaptação".

Dependendo do psiquismo e de sua estrutura emocional, a pessoa poderá entrar em colapso emocional por demasioado estresse ocorrendo simultaneamente.O organismo precisa de um determinado tempo para que a adaptação ocorra convenientemente.A energia de adaptação é variável e depende basicamente de três fatores:

1. Inata capacidade de adaptação,

2. Intensidade dos estressores

3. Experiência anterior

Do ponto de vista emocional, há uma grande variação de temperamentos, sendo que uns suportam melhor que outros, certos ambientes e tipos de pressão emocional com conseqüente dispêndio diverso de energia de adaptação que dependerá também da importância e intensidade do estressor.

Existe também o fator "experiência anterior". Tudo o que se faz pela primeira vez é muito mais difícil do que aquilo que já se fez deenas, centenas de vezes. Quem já passou por determinada exeperiência já tem um modelo emocional que lhe facilita as decisões atuais.

Enquanto que muitas mudanças acontecendo simultaneamente podem determinar estado de distresse e culminar com doenças, o contrário, a completa inatividade, ou ausência de mudanças, de desafios pode levar a uma vida aborrecida, podendo ser tão prejudicial quanto o estresse em demasia. Muita pouca mudança pode ocasionar a sensação de estagnação e de não realização.

Dois pesquisadores americanos, o psiquiatra Thomas Holmes e o psicólogo Richard Rahe, desenvolveram uma maneira de estimar o quanto determinadas mudanças custariam em termos de energia de adaptação.Eles listaram eventos que abrangem desde festividades, como um casamento, ou a chegada de um novo membro na família.A lista completa abrangia mais de 40 eventos e foi solicitado às pessoas que atribuíssem um valor, numa escala de um a cem, para cada um dos eventos da lista, segundo o grau de impacto de acordo com suas concepções pessoais.

Os pesquisadores ficaram surpresos com a ampla concordância quanto ao grau de sobrecarga que as mais variadas espécies de mudanças causavam em suas vidas.

Para testar a eficácia do que passou a ser conhecido como Inventário de Holmes e Rahe, em 1967 trezentos marinheiros da Marinha dos Estados Unidos responderam ao questionário, antes de partir para uma viagem de seis meses em alto mar. Cada marujo informou quais as mudanças haviam ocorrido em suas vidas no ano anterior à partida. Ao final das viagens, constatou-se que os homens que se situavam nos dez por cento mais elevados do inventário, os que tiveram que se adaptar a um número grande de alterações no ano precedente, vieram a ser os que mais sofreram, chegando a ter quase duas vezes mais doenças do que os que estavam nos dez por cento mais baixo do Inventário de Holmes e Rahe.

Veja o inventário no site:

http://www.ismabrasil.com.br/tpls/150.asp?idPagina=9&idPg=414&mAb=n

O autor do livro Dose o Estresse, tempere a vida, Cezar Zillig observou que a escala náo considera alguns eventos, contigências, que geralmente são percebidas com angústia, como por exemplo, construção da casa própria, trabalhar durante o dia e estudar à noite, guerras, condição do flagelado, etc...Cezar cita as grandes enchentes ocorridas em Blumenau, nos anos de 1982 e 1983, casas com mais de sessenta anos, que nunca tinham sido invadidas pelas águas, ficaram quase submersas: esse fato fez com que pessoas idosas perdessem tudo, caíssem em depressão e adoecessem de enfermidades diversas.

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